O primeiro microprocessador comercial foi inventado pela
Intel em 1971 para atender uma empresa japonesa que precisava de um circuito
integrado especial para as suas atividades.1 A Intel projectou o 4004, que era
um circuito integrado programável que trabalhava com registradores de 4 bits,
46 instruções, clock de 740Khz e possuía cerca de 2300 transistores. Percebendo
a utilidade desse invento a Intel prosseguiu com o desenvolvimento de novos
microprocessadores: 8008 (o primeiro de 8 bits) e a seguir o 8080 e o
microprocessador 8085. O 8080 foi um grande sucesso e tornou-se a base para os
primeiros microcomputadores pessoais na década de 1970 graças ao sistema
operacional CP/M. Da Intel saíram alguns funcionários que fundaram a Zilog, que
viria a lançar o microprocessador Z80, com instruções compatíveis com o 8080
(embora muito mais poderoso que este) e também de grande sucesso. A Motorola
possuía o 68000 e a MOS Technology o 6502. A Motorola ganhou destaque quando
implantou o MC68000P12, de 12 MHz com arquitetura de 32 bits (embora seu
Barramento fosse de 24 bits e seu Barramento de endereços de 16 bits), no
Neo-Geo, um poderoso Arcade da SNK que posteriormente ganharia a versão AES
(console casero) e CD (versão CD), todos eles com o mesmo hardware inicial.
Todos os microprocessadores de 8 bits foram usados em muitos computadores
pessoais (Sinclair, Apple Inc., TRS, Commodore, etc).
Em 1981 a IBM decidiu lançar-se no mercado de computadores
pessoais e no seu IBM-PC utilizou um dos primeiros microprocessadores de 16
bits, o 8088 (derivado do seu irmão 8086 lançado em 1978) que viria a ser o avô
dos computadores atuais. A Apple nos seus computadores Macintosh utilizava os
processadores da Motorola, a família 68000 (de 32 bits). Outros fabricantes
também tinham os seus microprocessadores de 16 bits, a Zilog tinha o Z8000, a
Texas Instruments o TMS9900, a National Semiconductor tinha o 16032,mas nenhum
fabricante teve tanto sucesso como a Intel, que sucessivamente foi lançando
melhoramentos na sua linha 80X86, tendo surgido assim (por ordem cronológica) o
8086, 8088, 80186, 80188, 80286, 80386, 80486, Pentium, Pentium Pro, Pentium
MMX, Pentium II, Pentium III, Pentium IV, Pentium M, Pentium D, Pentium Dual
Core, Core 2 Duo, Core 2 Quad, Core i3, Core i5 e Core i7. Para o IBM-AT foi
utilizado o 80286, depois um grande salto com o 80386 que podia trabalhar com
memória virtual e multitarefa, o 80486 com coprocessador matemático embutido e
finalmente a linha Pentium, com pipeline de processamento.
Como grande concorrente da Intel, a AMD aparece inicialmente
como fabricante de microprocessadores da linha x86 alternativa mas a partir de
um certo momento deixou de correr atrás da Intel e partiu para o
desenvolvimento de sua própria linha de microprocessadores: K6, Athlon, Duron,
Turion, Sempron, Phenom. Paralelamente à disputa entre Intel e AMD, a IBM
possuía a linha PowerPC utilizada principalmente pelos microcomputadores da
Apple.
A evolução tecnológica envolvida é surpreendentemente
grande, de microprocessadores que trabalhavam com clock de dezenas de kHz e que
podiam processar alguns milhares de instruções por segundo, atingiu-se clocks
na casa dos 7 GHz e poder de processamento de dezenas de bilhões de instruções
por segundo. A complexidade também cresceu: de alguns milhares de transístores
para centenas de milhões de transístores numa mesma pastilha.